domingo, 24 de janeiro de 2010

Os solos mais marcantes da História do Jazz

Olá, pessoal...

Gostaria aqui de convidar os possíveis leitores deste blog para uma enquete poderosa:

Quais foram, na opinião de vocês, os solos mais marcantes da História do Jazz... ?



Vou postar aqui neste mesmo post, as impros mais votadas, com o nome de quem votou, o instrumento do artista votado, o próprio instrumentista, o nome da música, e o disco em questão...

Abrs...
Caio

Seguem os solos escolhidos por alguns de nossos melhores leitores:

por Alexandre --
http://www.youtube.com/watch?v=9l37msc-4No -
solo de Heraldo do Monte

por Michel Leme --
- Wayne Shorter em "ESP";
- John Coltrane em "Bye bye blackbird" com Miles Davis em 1958;
- Sonny Rollins em "B Quick" do disco Tour de Force.

por Érico Cordeiro --
- Lucky Thompson, em I Forgot To Remember, do disco Lucky Strikes;

- Idriss Sulieman, em Juicy Fruit, do disco The Hawk Flies High (de Coleman Hawkins);

- Dizzy Reece, em Starbright, do disco Flight To Jordan (de Duke Jordan);

- Oscar Peterson, em People, do disco We Get Request;

- George Coleman, em There Is No Greater Love, do álbum Four & More (de Miles Davis);

- Donald Byrd, em Up A Step, do disco No Room For Squares (de Hank Mobley);

- Chick Corea, em Rhythm-A-Ning, do disco Trio Music;

- John Coltrane, em But Not For Me, do disco My Favorite Things;

- Freddie Hubbard, em The 7th Day, do disco The Artistry Of Freddie Hubbard;

- Dexter Gordon, em A Night In Tunisia, do disco Our Man In Paris;

- Cannonball Adderley, em Straight, No Chaser, do disco The Cannonball Adderley In San Francisco;

- Grant Green, em Ezz-Thetic, do disco Solid;

- Keith Jarret, em If I Were A Bell, do disco At The Blue Note - The Complete Recordings (Vol. II).

- Miles Davis, em So What, do disco Kind Of Blue;

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

André Mehmari – Aliando Sentimento e Criatividade


Para abrir o leque de entrevistas deste começo de Ano-Véspera de uma nova década musical (assim espero) com chave-de-ouro aqui neste blog, tenho o grande prazer de anunciar que a primeiríssima entrevista deste ano bom de 2010 será realizada com um dos mais “estonteantes” pianistas e músicos da nossa geração. Singularidade e extremo bom gosto nas suas composições, apresentações e execuções, André, através da entrevista a seguir, demonstra todas sua humildade, solicitude e atenção.

André Mehmari, uma aula de improviso e intuição, é um músico que colhe sementes dos mais variados estilos musicais. Ele, nascido em Niterói, e com grande parte de sua vida musical desenvolvida e iniciada em Ribeirão Preto, fundiu em sua carreira, com grande maestria, diga-se de passagem, vários ingredientes musicais, como o Jazz, Música brasileira e o Erudito. Compositor, e excepcional arranjador, tem em seu Piano e em sua técnica soberba, o tapete onde se apoia, mas é um pianista daqueles que tem algo mais a mostrar, que consegue expressar através de sua música um chamado mais profundo de alma e vigor musicais, que faz com que todos os seus ouvintes tornem-se imediatamente “letrados” em música, por sua capacidade de cumprir a tarefa difícil de tocar música complexa com excelente qualidade para proporcionar a qualquer ouvido treinado ou destreinado uma bela degustação.

Através desta entrevista abaixo, ele nos conta mais um pouco sobre si, sobre sua música e projetos futuros. Aproveitem!



-- Olá André, grande prazer poder dividir este espaço com você. Fale-me um pouco dos músicos e pianistas que lhe são referência e te inspiram sempre...


Pianistas: Egberto, Ernesto Nazareth, Luis Eça, Bill Evans, Keith Jarrett, Thelonious Monk, Herbie Hancock, Lyle Mays, Paul Bley, Bobo Stenson... outros que não me recordo agora. Tenho vários pianistas 'clássicos' que são referência de sonoridade e acabamento expressivo: Nelson Freire, Guiomar Novaes, Cziffra, Perahia, Rosalyn Tureck, Gould, Maria Tipo, Marta Argerich e tantos outros...
Músicos são tantos... a grande escola da canção brasileira (Caymmi, Jobim, Chico, Milton, Guinga e muitos outros) e a grande tradição européia, desde palestrina até ligeti. Sou muito eclético e escuto de tudo, desde que seja bom.

-- O bom traquejo no piano depende mais da vontade, do dom,..., ou uma sensibilidade mais afinada com o ser interno?

Depende de tudo isso que você falou, além de muito trabalho e perseverança. É preciso nutrir-se de experiências para poder transformar em musica.

-- Uma boa dose de esforço sempre é necessária para tocar e se apresentar... Com a necessária percepção, memória e complexidade exigida para se tocar uma música instrumental de alto nível, o esforço psíquico a se despender neste processo é algo natural para você?


Acho que é sempre um desafio fazer música de alto nível... Mas nunca me senti exaurido ao final de um concerto, na verdade. Aliás, quando a música e o som são bons, tenho vontade de nunca parar e seguir tocando noite adentro!


-- Nos momentos de gravação, o que você utiliza ou “ainda” utiliza em termos de instrumentos? Você se utiliza de outros tipos de piano, teclado, ou usa única e exclusivamente o piano de cauda?

No recente álbum... “De arvores e valsas”, usei uma infinidade de instrumentos além do piano como : clarinete, flauta, viola, violino, bandolim, bateria, contrabaixo, percussão, rabecas, sanfona, piano rhodes, violão, cravo e voz. Uso sempre o piano de cauda, pois não atinjo os resultados com piano de armário, que é outro instrumento completamente diferente em termos mecânicos. Uso o cravo e o piano elétrico Rhodes, que trago comigo desde a adolescência.

-- De maneiras gerais, qual é um critério utilizado por você e sua equipe para obter o resultado sonoro final de uma produção e gravação de um cd? No nicho instrumental, você observa muita diferença na produção e gravação dos CDs gravados aqui no Brasil, em relação à qualidade existente no exterior?

Não. Acho que o Brasil já chegou num patamar de qualidade para competir no mercado internacional, tanto pela qualidade artística (sempre teve), quanto técnica. Eu mesmo tenho sido o produtor e engenheiro de som de meus recentes projetos e tenho recebido elogios de gente entendida. Não posso deixar de dizer que há bem pouco tempo atrás tínhamos muito problema com a qualidade sonora de nossos CDs... Alguns discos chegam a dar tristeza, tamanha a discrepância entre música (boa) e som (terrível). Meu critério é sempre a busca da qualidade máxima e meus parceiros musicais geralmente compartilham deste perfeccionismo todo, o que é bom!

-- No disco “Nonada” com o Quinteto, o que te inspirou em fazê-lo, desde as escolhas dos músicos, repertório? Quais os próximos vôos a que você pretende alçar e lançar neste ano?

Gosto muito deste álbum. Na verdade ele foi gravado no final de 2004 e só lançado recentemente. Todos participaram da escolha do repertório. Eu contribuí com algumas re-harmonizações, mas todos os músicos tiveram papel ativo na composição dos arranjos.


Temos pra 2010 planos de lançar um novo álbum com o Hamilton de Holanda, já parcialmente gravado, totalmente dedicado à música de Hermeto e Egberto. Tenho ainda vontade de lançar um piano solo de improvisações, mas também muito da minha música de câmara que nunca foi gravada, como o Quinteto Angelus.


Vídeo de uma composição própria- Lachrimae
http://www.youtube.com/watch?v=ziYPgOGNrV8&feature=related



Vídeo de Andre Mehmari Trio - Eternamente – Dindi:
http://www.youtube.com/watch?v=vktJ_kHLJqo



Nesse vídeo, ele toca uma bela composição de Edu Lobo e Chico Buarque:
http://br.youtube.com/watch?v=KM0oSeAu5V4



Aqui, em forma fantástica com Suíte Clube da Esquina:
http://br.youtube.com/watch?v=LYqlYsZyw38


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Paul McCartney - Jovialidade de um Mestre


Para iniciarmos o ano bem, aqui no blog, nada melhor do que destacarmos o melhor músico, compositor da música "pop" de todos os tempos:
Mr.Paul McCartney...
Esse cara sempre será contemporâneo!

http://www.youtube.com/paulmccartney